Hoje começamos o Módulo 3 do Programa FemLeader!
O Módulo 3 é destinado ao tema “Superar desafios” e o encontro de hoje foi para compreendermos como podemos superar estes desafios através de Políticas Públicas e Privadas.
Iniciamos o nosso encontro com a Angela nos apresentando a importância dos “Role Models” para as mulheres. Ela nos trouxe, como exemplo, um estudo científico que comprova o impacto positivo nas palestras dadas por mulheres quando ANTES elas foram submetidas a ver uma foto de uma mulher importante (Hillary Clinton, por exemplo). As palestras dadas por estas mulheres acabaram por ser mais bem avaliadas pelo público pelo simples fato de terem visto estas fotos de “Role Models”. O interessante é que esse mesmo impacto não aconteceu com os homens.
A Angela indicou-nos um livro que reúne várias “Role Models” mulheres, chamado “The Female Lead” que pode nos ajudar nestes momentos em que precisamos de inspiração.
Também nos foi apresentado um vídeo excelente que demonstrou como que, desde pequenas, já somos “condicionadas” a entender determinadas profissões como “masculinas” foi o “Inspiring the Future: Redraw the Balance”. Vale a pena assistir e refletir como podemos alterar esse cenário já nas nossas escolas e com as nossas crianças em casa😊.
Em um segundo momento, a Angela nos apresentou exemplos concretos de Ações Afirmativas que também impactaram muito positivamente para que tenhamos uma MAIOR representatividade feminina em Conselhos nas Empresas, uma MAIOR representatividade feminina no Middle management e a DIMINUIÇÃO de estereótipos internos nas empresas.
Ela nos trouxe também dados interessantes sobre:
(i) o perigo de ambientes com poucas mulheres (onde há mais chance de ter a “síndrome da Abelha Rainha”)
(ii) o fato de que homens que têm filhAs tendem a ser mais abertos a questões de diversidade:
- CEOs: quando tem filhAs, há uma menor diferença salarial nas empresas em que atuam (Dinamarca)
- Parlamentares: quanto mais filhAs têm mais votos dão a favor de ações afirmativas (EUA)
- Juízes: se tem filhAs estão mais abertos a causas femininas, são mais empáticos (EUA).
Um outro dado importante trazido pela Angela foi o de que NENHUM país no mundo, com exceção da Suécia, conseguiu mudar a representatividade feminina nos Conselhos sem Ações Afirmativas (cotas obrigatórias para mulheres).
Seguindo para o Ambiente Político, a Angela nos apresentou um caso muito interessante de impacto positivo causado por Ações Afirmativas na Índia. Em 1993 ficou definido que vilarejos rurais deveriam reservar 1/3 dos assentos nos conselhos para mulheres. As cidades foram escolhidas randomicamente. Em 1993 a representatividade feminina era de 5%. Em 2005 esta representatividade já era de 40%, superando a cota exigida por lei de 30%. Além disso, com esse aumento de mulheres no ambiente político, foi possível perceber:
AUMENTO de investimento em serviços públicos (água, estrada, educação, etc)
AUMENTO no número de denúncias (inclusive de estupro)
AUMENTO na participação de mulheres em reuniões dos conselhos (25%)
AUMENTO no número de denúncias de violência doméstica
MAIOR probabilidade de Pais e Mães quererem filhas estudando após o ensino médio, com novas aspirações para que as suas filhas se tornem políticas no futuro
DIMINUIÇÃO do tempo das filhas dedicado a cuidados domésticos (filhas querendo se casar mais “velhas”)
DIMINUIÇÃO dos estereótipos: Homens começam a avaliar H e M igualmente.
Conclusão: Quando MAIOR a representatividade feminina, MAIORES são as mudanças positivas vistas e MENORES são os estereótipos.
Fechamos o nosso encontro com um vídeo que TODOS nós devemos assistir. O “Dream Creasier” da Serena Williams.
Que honra conviver com estas mulheres maravilhosas!
Para que tenhamos um ambiente de genuína troca, os encontros não são gravados, mas sempre que puder, venho contar para vocês como tem sido participar desse Programa tão lindo 😊!
Que venham os próximos encontros!
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